quinta-feira, 3 de maio de 2007

Ganha-se uma, perde-se todo o resto

E não é que prenderam o Champinha? Veja você. Já garfaram o cidadão na madrugada. Não foi longe. Também, dizem que pulou um muro de sete metros para fugir da Febem. É meu amigo, Champinha é brasileiro e não desiste nunca. E olha só, de ontem para hoje aconteceu uma coisa mais legal ainda - agora ele tem nome e rosto. Sai Champinha, entra Roberto Aparecido Alves Cardoso. E olha a palhaça aí ó:



Ah, bonito pra caralho. Este é Roberto Aparecido Alves Cardoso, um brasileiro. Tenho cá comigo a impressão que não foi a última vez que vimos este rostinho, hein? Esse aí ainda vai trazer muito orgulho a esta nação. Just watch.

Então, a parte boa é que prenderam o sujeito. Foi a primeira notícia que eu ouvi hoje de manhã, e é uma notícia boa, mas eu, macaco velho de outros carnavais sei que o mérito da captura dele se deve muito mais à estupidez do próprio do que a qualquer trabalho da polícia. Mas, o que importam são os resultados, né gente? Bola pra frente.

Bem, pra frente não né? Porque esse aqui é o bananão. E aqui ganha-se uma, perde-se todo o resto. Como eu disse, esta foi a primeira notícia que ouvi hoje de manhã. A segunda? É que o STF declarou que o porte de armas de uso restrito não é mais crime inafiançável. Assim como o disparo de arma de fogo em via pública. Veja bem, longe de mim querer restringir os direitos do cidadão se defender, mas o porte de armas de uso restrito não é um claro indicativo de que o sujeito é mal-intencionado? Assim como o disparo em via pública, exceto em casos de legítima defesa? E por Deus, nós estamos REALMENTE precisando de um afrouxamento dessas leis, específicamente direcionadas a marginais?

Eu tentei ouvir a justificativa do juiz na CBN, mas aí ele começou a falar das garantias da "constituição cidadã de 1988" e ficou tudo preto e eu quase bati o carro. A palavra "cidadã" é suas variações são a senha de que vão meter a mão no seu bolso, te entubar uma responsabilidade que não é sua ou livrar a cara de um oprimido. Quando eu ouço a palavra "cidadã", that's when I reach for my revolver.