Este trecho me fez gargalhar alto, sozinho aqui em casa. Pode ser porque eu achei engraçado, mas também pode ter a ver com o fato que eu tomei um litro de café de uma vez às quatro da tarde porque fiz café demais (eu trabalhei em casa hoje) e não tem garrafa térmica aqui em casa e eu não quis deixar sobrar nem esfriar (êta idéia idiota da porra) e desde então as minhas pernas e braços estão se alternando entre a dormência e tremores incontroláveis - às vezes ao mesmo tempo: tremendo a direita, dormindo a esquerda. Pode ser isso. Boa noite. Não.Jorge Luis Borges
"O cão de três pernas aparecia em uma inscrição tumular de Amenófis IV até ser apagado pela fúria dos sacerdotes, no reinado dos Ptolomeus Selêucidas. Também estava em uma moeda que circulou brevemente na Morávia em 1725 e em um tratado esotérico falsamente atribuído a Athanasius Kircher; ainda hoje se ouvem relatos do século 19 segundo os quais um cachorro triperne, que presumivelmente carregava a alma de Tadeo Isidoro Cruz, aparecia em sonho aos estancieiros de Santa Fé. Conta-se que a hoje perdida Encyclopaedia Universalis (Colônia, 1674) dedicava pelo menos dezessete páginas ao cão manco e aos seus símbolos. Jantando certa noite com Bioy Casares, disse-me ele que, no tempo de Averróis, o Livro das Coisas Maravilhosas narrava a história do cachorro de três pernas que se perdia num labirinto de espelhos. Enganado pelo próprio reflexo e pensando que suas pernas eram seis, o cão tentava urinar num dos infinitos postes do labirinto -e caía infinitamente. 'É por isso', continuou Bioy, 'que os heresiarcas de Uqbar abominam os espelhos e a cópula: eles multiplicam o número de cachorros pernetas'."
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quarta-feira, 31 de janeiro de 2007
Ruy Goiaba Reposta
Vale a pena ver de novo. A história do cachorro de três pernas que foi mijar e caiu, contada por grandes nomes da literatura: