
Estive em Guayaquil semana passada. É tipo Manaus, só que um pouco mais bizarro. Uma das coisas curiosas que eu não sabia sobre o Equador - a economia lá e dolarizada. Não sei até que ponto a dolarização é oficial ou extra-oficial (no Panamá é meio extra-oficial - o dólar corre solto, mas eles tem uma moeda própria - o Balboa - da qual ninguém nunca vê a cara). Anyway, é curioso você comprar uma coca num ambulante da esquina pagando em uma moeda que, para todos os efeitos poderia ter sido impressa em Marte, pelo menos no que concerne ao pobre ambulante. Não tem como não lembrar de uma coisa que o FHC adora repetir que é a questão da moeda como símbolo nacional. E é só quando você vê um país usando a moeda de outro que você vê como isso é triste. É o fim da linha da interminável sucessão de moedas que o Brasil viveu entre 86/94.
Ponto alto da viagem: Ganhei 40 dólares no blackjack no cassino do Hilton.
Ponto baixo da viagem: Fiquei as 48 horas que passei na cidade com "Guayaquil City" do Mano Negra tocando ininterruptamente na minha cabeça. Como eu sou amigo, compartilho a música com vocês abaixo. Vamos lá todo mundo comigo: "Ôôôôô Guayaquil City / Ôôôôô gonna kill you baby".