sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

De volta.

Lentamente de volta do carnaval. Tudo tranquilo por aí? Ah, que ótimo.

De novidade, só esse fantástico artigo sobre a proibição do tráfico de escravos pelos ingleses, que comemora 200 anos esta semana. Note-se: 1807, um ano antes da família real portuguesa se mudar de mala e cuia para o Brasil. O interessante do artigo é que conta uma história muito diferente daquelas que se ensina na escola por aqui. Se eu me lembro corretamente, a versão que eu aprendi era um negócio tão distorcido que dava a entender que os ingleses acabaram com a festa do tráfico porque eles eram malvados. Duvida? Veja um interessante exemplo que uma simples busca no Google retornou, o tipo de distorção que as nossas crianças são submetidas até hoje no primeiro grau. Recomendo especialmente a parte intitulada "O Terrorismo Inglês contra o Tráfico de Africanos". E eis que me vem um flashback dos meus tempos de oitava série, em 1888, 100 anos da abolição no Brasil, onde as aulas de história durante um ano foram exclusivamente sobre este assunto, o que em si não é mau. O problema é tudo sempre, claro, dentro da perspectiva do "oprimido".

O artigo da Economist é uma bela lâmina de Occam onde a explicação mais simples é a verdadeira: quando o véu que cobria a escravidão na Europa se levantou no fim do século XVIII um povo que se julgava civilizado se mobilizou contra a prática.