"Your page-one article on 'wacky English' ('Tired of Laughter, Beijing Gets Rid of Bad Translations,' Feb. 5) made me laugh and reminded me of a notice in a Manaus, Brazil, hotel room. Proud of its prompt laundry service, the hotel notice proclaimed: 'Press 9 and we will come to take-off your clothes'. "
Jerry Frost
Ann Arbor, Mich.
Read the [bleeping] manual. Weblog de Bernardo Carvalho. No ar desde 2001.
sábado, 24 de fevereiro de 2007
Quickie laundry
Do blog do Fernando Rodrigues no UOL (que não tem permalink) vem esta fantástica carta publicada no Wall Street Journal.
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
De volta.
Lentamente de volta do carnaval. Tudo tranquilo por aí? Ah, que ótimo.
De novidade, só esse fantástico artigo sobre a proibição do tráfico de escravos pelos ingleses, que comemora 200 anos esta semana. Note-se: 1807, um ano antes da família real portuguesa se mudar de mala e cuia para o Brasil. O interessante do artigo é que conta uma história muito diferente daquelas que se ensina na escola por aqui. Se eu me lembro corretamente, a versão que eu aprendi era um negócio tão distorcido que dava a entender que os ingleses acabaram com a festa do tráfico porque eles eram malvados. Duvida? Veja um interessante exemplo que uma simples busca no Google retornou, o tipo de distorção que as nossas crianças são submetidas até hoje no primeiro grau. Recomendo especialmente a parte intitulada "O Terrorismo Inglês contra o Tráfico de Africanos". E eis que me vem um flashback dos meus tempos de oitava série, em 1888, 100 anos da abolição no Brasil, onde as aulas de história durante um ano foram exclusivamente sobre este assunto, o que em si não é mau. O problema é tudo sempre, claro, dentro da perspectiva do "oprimido".
O artigo da Economist é uma bela lâmina de Occam onde a explicação mais simples é a verdadeira: quando o véu que cobria a escravidão na Europa se levantou no fim do século XVIII um povo que se julgava civilizado se mobilizou contra a prática.
De novidade, só esse fantástico artigo sobre a proibição do tráfico de escravos pelos ingleses, que comemora 200 anos esta semana. Note-se: 1807, um ano antes da família real portuguesa se mudar de mala e cuia para o Brasil. O interessante do artigo é que conta uma história muito diferente daquelas que se ensina na escola por aqui. Se eu me lembro corretamente, a versão que eu aprendi era um negócio tão distorcido que dava a entender que os ingleses acabaram com a festa do tráfico porque eles eram malvados. Duvida? Veja um interessante exemplo que uma simples busca no Google retornou, o tipo de distorção que as nossas crianças são submetidas até hoje no primeiro grau. Recomendo especialmente a parte intitulada "O Terrorismo Inglês contra o Tráfico de Africanos". E eis que me vem um flashback dos meus tempos de oitava série, em 1888, 100 anos da abolição no Brasil, onde as aulas de história durante um ano foram exclusivamente sobre este assunto, o que em si não é mau. O problema é tudo sempre, claro, dentro da perspectiva do "oprimido".
O artigo da Economist é uma bela lâmina de Occam onde a explicação mais simples é a verdadeira: quando o véu que cobria a escravidão na Europa se levantou no fim do século XVIII um povo que se julgava civilizado se mobilizou contra a prática.
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007
É o que paga as contas
Na próxima vez que o meu pai me perguntar "mas o que você faz para viver mesmo", eu vou mostrar esse vídeo. Dica direto do blog novo do Cava, que começou muito bem.
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007
Bananão: Open for business
Eu muito raramente falo de coisas diretamente relacionadas ao meu trabalho aqui, mas hoje acho que é uma boa oportunidade para educar vocês sobre o que é fazer negócios no Bananão. Quais são as facilidades e as benesses que este país oferece às empresas que aqui decidem se estabelecer, gerar riquezas e empregos.
Vamos lá.
Indiretamente, meu trabalho envolve relacionamento com universidades. Existe uma outra unidade que cuida especificamente disso e minha participação é marginal. Uma coisinha aqui e outra ali. Porém, tive que me envolver recentemente quando o pessoal da matriz decidiu mandar uma remessa de aparelhos celulares como doação para uma universidade brasileira, parte de um projeto maior de criação de laboratórios de pesquisa e desenvolvimento em tecnologia móvel (Essa remessa em si foi muito pequena, o que não impediu, claro, que 1/4 dos aparelhos tenham se extraviado em algum lugar no Brasil -imagino que estejam no Mercado Livre neste momento).
Estes celulares são enviados não diretamente para a universidade e nem para o pessoal que cuida do relacionamento com eles, mas para mim, no escritório de São Paulo, por uma questão de segurança. Uma bobagem de gringo, mas eles se sentem mais felizes assim. Meu trabalho nesse caso era simples demais - receber os celulares, verificar se estava tudo certo, colocar no Sedex, mandar para quem era de direito. Easy as pie. Quisera eu que meu trabalho fosse sempre assim, pensei.
Mal sabia eu que estava prestes a aprender uma dura lição. A história é mais longa do que isso mas vou resumir: Os aparelhos chegaram e ficaram retidos na logística. Haviam algumas taxas a pagar. Imaginei eu que eram apenas as tarifas alfandegárias, que mesmo sendo uma doação sem preço de custo sempre incidem, mas fazer o quê.
Qual não foi a minha surpresa quando eu descobri que um inusitado monte de dinheiro foi debitado em meu centro de custo referente às supracitadas "taxas a pagar". Depois de uma série de e-mails enviados para baixo e para cima chegamos à origem do problema, que compartilho com vocês.
Os aparelhos foram enviados sem custo, por serem uma doação, mas com um valor declarado de 4.860 euros. O que dá mais ou menos 13 mil reais. O frete foi mais uns 150 euros, tudo pago pela matriz. O valor que me debitaram foi a soma do que tem que ser obrigatoriamente pago aqui no Brasil, independente de serem doações, sem custo, para fins educacionais, etc. etc. etc. a saber:
Bananão: Open for business, otário.
Vamos lá.
Indiretamente, meu trabalho envolve relacionamento com universidades. Existe uma outra unidade que cuida especificamente disso e minha participação é marginal. Uma coisinha aqui e outra ali. Porém, tive que me envolver recentemente quando o pessoal da matriz decidiu mandar uma remessa de aparelhos celulares como doação para uma universidade brasileira, parte de um projeto maior de criação de laboratórios de pesquisa e desenvolvimento em tecnologia móvel (Essa remessa em si foi muito pequena, o que não impediu, claro, que 1/4 dos aparelhos tenham se extraviado em algum lugar no Brasil -imagino que estejam no Mercado Livre neste momento).
Estes celulares são enviados não diretamente para a universidade e nem para o pessoal que cuida do relacionamento com eles, mas para mim, no escritório de São Paulo, por uma questão de segurança. Uma bobagem de gringo, mas eles se sentem mais felizes assim. Meu trabalho nesse caso era simples demais - receber os celulares, verificar se estava tudo certo, colocar no Sedex, mandar para quem era de direito. Easy as pie. Quisera eu que meu trabalho fosse sempre assim, pensei.
Mal sabia eu que estava prestes a aprender uma dura lição. A história é mais longa do que isso mas vou resumir: Os aparelhos chegaram e ficaram retidos na logística. Haviam algumas taxas a pagar. Imaginei eu que eram apenas as tarifas alfandegárias, que mesmo sendo uma doação sem preço de custo sempre incidem, mas fazer o quê.
Qual não foi a minha surpresa quando eu descobri que um inusitado monte de dinheiro foi debitado em meu centro de custo referente às supracitadas "taxas a pagar". Depois de uma série de e-mails enviados para baixo e para cima chegamos à origem do problema, que compartilho com vocês.
Os aparelhos foram enviados sem custo, por serem uma doação, mas com um valor declarado de 4.860 euros. O que dá mais ou menos 13 mil reais. O frete foi mais uns 150 euros, tudo pago pela matriz. O valor que me debitaram foi a soma do que tem que ser obrigatoriamente pago aqui no Brasil, independente de serem doações, sem custo, para fins educacionais, etc. etc. etc. a saber:
- Imposto de Importação: R$2.084,09
- IPI: R$2.266,45
- Siscomex: R$40,00
- PIS: R$306,18
- Cofins: R$1.410,28
- ICMS : R$4.199,83
- Total: R$10.306,83
Bananão: Open for business, otário.
Grandes momentos da TV brasileira
sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007
O melhor do Brasil etc.

Reinaldo Azevedo fecha a questão. O contraste vítima-criminoso nesse caso mostra claramente qual é o problema. Ho-hum. O tipo de coisa que, vista daqui da minha cadeirinha na Califórina, dá aquela sensação boa por dentro e aquela alegria incontrolável de estar voltando à pátria canarinho que tão bem cuida dos seus. Enquanto isso, os americanos estão acompanhando cada segundo do falecimento da Anna Nicole Smith. Antes disso, era a astronauta psicótica. Ignorance is bliss, indeed.
Aquele "menor", bem maior do que o menino João, cujo corpo ele ajudou a espalhar pelas avenidas do Rio, vai ficar três anos internado. E depois será solto entre os meninos-João, por quem não se rezam missas de apelo social. Resta só a dor da família: privada, sem importância, sem-ONG, "sem ar, sem luz, sem razão". Sobre o assassino, há de se derramar a baba redentora rousseauniana: ele nasceu bom; foram os insensíveis da classe média, à qual pertencia o menino João, que o tornaram um facínora. Simbolicamente, a culpa é de quem morre. Também notei que os jornalistas ficaram um tanto revoltados com a polícia, que obrigou os bandidos a mostrar o rosto. Não há dúvida: terrível ameaça à privacidade. Era só o que faltava: trucidar o menino João e ainda ser obrigado a expor a cara... Que país é este? Já não se pode mais nem arrastar uma criança num automóvel e permanecer no anonimato? Sabem do que morreu o menino João? De um ataque virulento de progressismo. Para o menino João, não tem ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), não. Não tem ONG, não. Não tem música do Chico, não. O menino João já nasceu sem perdão. É o guri dos sem-Chico Buarque.
Frase do Dia
"I have been told on good authority that humans cannot impregnate chimpanzees no matter how vigorously they try." - Scott Adams
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007
No Rawsocket...
Eu comento sobre o FUD (Fear, Uncertainty and Doubt) que o iPhone está gerando. Vai lá ler.
O mundo está acabando! Salvem-se!

Impagável esta que acabo de ver no Blog do Reinaldo Azevedo. 30 de Junho de 1974, seis meses antes do meu nascimento o mundo estava para acabar e o motivo era outro: morreríamos todos congelados. Uma nova era glacial tomaria conta da terra e seria um Deus nos acuda. Imagens da neve cobrindo o Cristo Redentor e dos mendigos virando picolé no centro de São Paulo devem ter passado pela cabeça de todos.
Depois perguntam porque o Al Gore se recusa a debater a questão com quem acha que ele é full of shit. O negócio dele é, como dizem os americanos, preach to the choir mesmo.
domingo, 4 de fevereiro de 2007
Marketing de guerrilha my ass
A galera do "marketing de guerrilha" e outros buzzwords virais e tão Web 2.0 devem olhar com cuidado para os acontecimentos de Boston nestes últimos dias e, se dermos sorte, pensarem duas vezes antes sair por aí "interferindo".
"Mas Bernardo, você não gosta destas intervenções urbanas?" Sim, acho massa. Tendo a achar menos legal quando são contratadas por departamentos de marketing desesperados por uma mensagem um pouquinho mais relevante. Uma coisa seria se um "coletivo de artistas" decidisse fazer esta "intervenção urbana" e o negócio terminasse com um tapinha na mão, uma noite mal dormida na cadeia, e um monte de street cred para os caras que fizeram a merda. Quando a Turner Broadcasting está envolvida o negócio toma uma proporção fora do controle, e aposto que alguém neste momento está se arrependendo amargamente do momento em que decidiu fazer essa gracinha.
É meu filho, ninguém falou que cut through the clutter ia ser fácil.
"Mas Bernardo, você não gosta destas intervenções urbanas?" Sim, acho massa. Tendo a achar menos legal quando são contratadas por departamentos de marketing desesperados por uma mensagem um pouquinho mais relevante. Uma coisa seria se um "coletivo de artistas" decidisse fazer esta "intervenção urbana" e o negócio terminasse com um tapinha na mão, uma noite mal dormida na cadeia, e um monte de street cred para os caras que fizeram a merda. Quando a Turner Broadcasting está envolvida o negócio toma uma proporção fora do controle, e aposto que alguém neste momento está se arrependendo amargamente do momento em que decidiu fazer essa gracinha.
É meu filho, ninguém falou que cut through the clutter ia ser fácil.
sábado, 3 de fevereiro de 2007
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007
No Rawsocket...
Uma olhada na estratégia mobile do Google e eu arrisco dizer porque os links patrocinados mobile estão dando um resultado melhor do que os links patrocinados na web. Vai lá pra ler.
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